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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Valentina, o Dogue Alemão que não gostava de crianças

Por Equipe Cão Cidadão

Valentina é uma cadelinha de nove meses, da raça Dogue Alemão, a mesma do Sooby Doo, que pela nada menos 55 quilos. Apesar do tamanho, Valentina sempre foi uma cadelinha muito mansa e brincalhona, mas com o tempo, a família acabou se mudando para outra residência, que ficava de frente com os fundos de uma escola, e o barulho, as bagunças e correria constante da criançada acabou fazendo com que Valentina ficasse irritada com todo esse movimento, e passou a não gostar mais de crianças.

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Helen já não conseguia mais passear com Valentina na rua, pois sempre havia alguma criança por perto, e ela tentava avançar sempre que podia. Para resolver esta situação, a Helen resolveu pedir ajuda para o Dr. Pet.

Dr. Pet entra em ação

Já de cara, Dr. Pet vai explicando o porque de crianças serem vítimas constantes de ataques de cachorros em geral. Em primeiro lugar o fato da voz da criança ser mais aguda, acaba excitando os cães. Por estarem sempre correndo muito, estas acabam sendo confundidas com presas, e, além disso, movimentos bruscos e inesperados contribuem para que os cachorros se assustem mais facilmente e possam iniciar um ataque.

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No caso da Valentina, além de tudo isso, a vista para a rua que Valentina tem da sua casa contribui para reforçar o seu comportamento de agressividade com as crianças. Dr. Pet explica que sempre que uma criança passa na rua, na frente de sua casa, a Valentina começa a latir muito, e independentemente dos seus latidos, a criança acaba seguindo seu rumo e se afasta da casa, até ir embora. Na cabeça dos cachorros, são os seus latidos que acabam espantando o invasor do seu território, e isso é uma auto-recompensa para seu comportamento.

As primeiras tarefas

Como primeira tarefa, Helen teve que impedir a visão da Valentina para a rua, que foi feito com a colocação de um pano preto em toda a extensão da mureta que dá para a rua. Com isto já se consegue abaixar um pouco o grau de excitação da cadela, por ela não ter mais o estímulo visual.

Dr. Pet aproveitou para gravar os sons da criançada correndo e gritando pela rua, para poder treinar com a Valentina e dessensibilizar estes estímulos sonoros. A idéia é reproduzir estes sons, e ao mesmo tempo distrair a Valentina com passeios dentro de casa, fazendo ela prestar atenção em quem a conduz e não nos barulhos, recompensando-a sempre que ela tiver esse comportamento desejado e dando uma bronca usando biribinhas quando ela tiver qualquer comportamento agressivo.

Dedicação

O grande empenho e dedicação da Helen foram fundamentais para a obtenção de resultados rápidos com a Valentina. O passo seguinte foi melhorar na direção de melhorar o controle da Helen sobre a Valentina, principalmente nos passeios. Para isso foi usado um tipo de coleira que parece um cabresto o qual facilita a condução do cão, a gentle leader. Se ele puxar demais a guia, querendo de afastar da proprietária, automaticamente sua cabeça é puxada para o lado e para trás, sem que o condutor precise fazer nenhum movimento a não ser o de segurar a guia, ademais, com esta coleira o condutor faz bem menos força para controlar o cão, sendo muito interessante ser utilizada em qualquer cão de porte grande.

Como a gentle leader não impede que o cachorro abra a boca e consequentemente morda, para os próximos treinos foi colocado também, por segurança, uma focinheira de metal, uma vez que esta focinheira é mais confortável já que o cão consegue respirar melhor e comer petiscos,. Nesta etapa foi feita a aproximação de crianças no território da Valentina, e por estar bem mais controlada e com um nível de ansiedade baixo, ela se comportou muito bem, permitindo até mesmo ser tocada pelas crianças.

Uma aula boa pra cachorro… e pra crianças também!

A prova final foi poder levar a Valentina em uma escola, pra poder ensinar às crianças como elas se devem se aproximar e se comportar perto de cachorros.

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Dr. Pet explica às crianças que elas não devem correr perto de cachorros, e sim se aproximar lentamente. Antes de passar a mão em um cachorro desconhecido, deve perguntar ao dono se pode fazer carinho. Lembrando no final que sempre é responsabilidade do proprietário preservar e cuidar da segurança das pessoas, em relação ao seu cão.

Para assistir novamente ao caso da Valentina, Clique aqui

Texto: César Juncos
Revisão e Edição Final: Alex Candido
Fotos: Denise Falck

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